Crime hediondo – Senador da ala dissidente do PMDB,
Pedro Simon aposta em um movimento das ruas e pelas redes sociais contra a
corrupção. No discurso que fez na tarde desta terça-feira (30), o parlamentar
gaúcho disse que acredita será a população quem cobrará da presidenta Dilma
Rousseff (PT) o desvio de uma linha que vem mantendo com dignidade.
Para Simon, que há uma semana articulou um movimento
de apoio à “faxina” no governo federal, a presidente tem que manter a firmeza e
afastar os envolvidos em corrupção. E nomear apenas ficha limpa. “É bom Dilma
ir bem, para o bem do Brasil”.
Dilma, entretanto, abandonou o seu discurso da
moralidade assim que a sua base de governabilidade começou a cobrar o apoio de
que tanto precisa. A presidente também recuou depois dos conselhos de altas
figuras do PT, incluindo o ex-presidente Lula da Silva e o deputado federal
cassado José Dirceu.
Pedro Simon acusou os dois de montar um governo
paralelo. “É o PT que está fazendo um governo paralelo? Alguém pergunta se
Dilma não está recuando. Digo que não”, acredita otimista. “Simon destaca que
Dilma não “aparece”, mas ministro, governador ou parlamentar, até do PSDB,
conversam com Lula. É governo paralelo? Para Simon, se isso não é um governo
paralelo, “não sei o que é”.
No discurso, o senador gaúcho afirma que Lula
diariamente tem encontros com ministros em São Paulo. “Hoje, Lula está na
Bolívia discutindo construção de estradas”. Simon questiona a presença do
presidente da Petrobras num encontro num quarto de hotel com Dirceu. “Discutiam
política?”, pergunta.
Em pesquisa feita pelo DataSenado, instituto vinculado
ao Senado Federal, aponta que 99,01% da população concorda com a inclusão da
corrupção na Lei dos Crimes Hediondos, que aplica punições mais severas aos
condenados. O levantamento, realizado pela internet, recolheu a opinião de
71.775 pessoas. De autoria do senador e ex-procurador da República Pedro Taques
(PDT-MT), a proposta corre na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Fonte:
O flagra da VEJA
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