Reinaldo Azevedo informa sobre a existência de uma "ONG americana chamada Union of Concerned Scientists, algo assim como 'União dos Cientistas Preocupados'. A UCS tem um ‘aura quase divina porque nasceu no lendário MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, nos EUA. Como falar deles sem que nos ajoelhemos em sinal de reverência? indaga Reinaldo.”Mas o jornalista afirma que os objetivos são outros.E podem ser constatados aqui(...)
Eu juro! É verdade!
Pois acreditem! O site da UCS
publica um documento cujo título é literalmente este: “Fazendas aqui; florestas
lá”. O “aqui” de lá são os EUA; o “lá” de lá são o Brasil e os demais países
tropicais. Sim, o texto defende com todas as letras que o certo é o Brasil
conservar as florestas, enquanto os EUA têm de cuidar da produção agrícola. O
estudo tem um subtítulo: “O desmatamento tropical e a competitividade da
agricultura e da madeira americanas”. Não faço como Marina Silva; não peço que
vocês acreditem em mim. O documento está aqui (agora não está mais; deram
sumiço).
Notem que eles não escondem seus
objetivos, não! Os verdes brasileiros é que buscam amoitar a natureza de sua
luta. O documento tem duas assinaturas: David Gardner & Associados (é uma
empresa) e Shari Friedman. Tanto o escritório como a especialista auxiliam,
lê-se no perfil de ambos, ONGs e empresas a lidar com o meio ambiente… Shari
fez parte da equipe do governo americano que negociou o Protocolo de Kyoto, que
os EUA não assinaram!
É um texto longuíssimo. O que se
avalia no estudo é o impacto do “desmatamento” - ou do que eles tratam como tal
- no setor agropecuário e madeireiro dos EUA.
Conservar as nossas florestas, eles dizem, preserva a competitividade da
agricultura americana e, atenção!, também baixa os custos de produção local.
As pessoas que sabem somar dois
mais dois perguntarão: “Ué, mas se a gente fica com as florestas, e eles, com
as fazendas, haverá menos comida no mundo, certo?” Certo! Mas e daí? O negócio
dos agricultores americanos estará assegurado, e as nossas matas também, onde
Curupira, Anhangá, a Cuca e a Marina Silva podem curtir a nossa vasta solidão!
É uma baita cara-de-pau! Mas, ao
menos, está tudo claro. O documento é ricamente ilustrado, tanto com imagens
dos “horrores” que nos praticamos contra a natureza como com tabelas dos ganhos
de cada área do setor agropecuário americano, estado por estado, se o houver o
“reflorestamento” tropical.
Espero que deputados e senadores
leiam esse documento. Está tudo ali. São muitos bilhões de dólares. Parte da
bolada financia as ONGs lá e aqui. Como se nota, os cientistas e cidadãos da
UCS estão muito “preocupados”… com os setores agropecuário e madeireiro
americanos. Eles estão certos!
Enquanto lutam em defesa da sua
agricultura, os vigaristas daqui lutam para destruir a nossa. E são tratados
como santos!
Por Reinaldo Azevedo
Fonte:
Aqui
fazendas, Floresta Lá, por Ryan Silsbee
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