Gostaria que o Sr. ex-presidente Lula estendesse sua "bondade" e me adiantasse uma parte do valor a que tenho direito, para que eu possa, pelo menos, entrar no Projeto "Minha Casa Minha Vida" e comprar meu apartamento. Quero um apartamento, e não caixa de fósforo.
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Lobista de luxo -
Lula promete ajuda para empresa que o contratatou como “palestrante”
Por Bernardo Mello Franco, na Folha:
O ex-presidente Lula prometeu ao
presidente da Tetra Pak, Paulo Nigro, procurar autoridades do governo Dilma
Rousseff para ajudar a empresa a reduzir impostos sobre embalagens de leite.
Ele disse que falaria com o ministro Guido Mantega (Fazenda) para defender um
pleito da multinacional: reduzir o ICMS cobrado por alguns Estados sobre as
embalagens de leite longa vida. O petista fez a promessa ao fim de uma palestra
fechada para convidados da Tetra Pak, na noite de quarta-feira. Seu cachê neste
tipo de evento é estimado em R$ 200 mil -ele não confirma o valor. Lula
confirmou ontem ter tratado do assunto, mas disse não atuar no governo como
representante das empresas que o contratam. Segundo relato do jornal “O Estado
de S. Paulo”, Nigro pediu “uma mão” a Lula para facilitar a venda das caixinhas
de leite em programas de alimentação popular.
O ex-presidente teria respondido
que fará “o que puder fazer para ajudar”, incluindo conversas com Mantega e com
governadores. Ontem, o petista disse não ver “nenhum problema” em fazer gestões
políticas para “influenciar” na queda do ICMS sobre as embalagens. “Eu disse
que o companheiro Guido Mantega estava discutindo com os governadores [...] e
que se eu pudesse influenciar para que o ICMS se reduzisse, para o leite chegar
com mais qualidade à casa das pessoas, não teria nenhum problema”, afirmou.
Lula acrescentou que atenderia ao pleito da Tetra Pak “em praça pública, numa
reunião, num debate ou numa entrevista”. “Não foi uma conversa reservada”,
disse. “Tinha televisão.” Na verdade, a palestra foi fechada à imprensa, como
exige o próprio Lula nos contratos fechados por sua empresa, a LILS Palestras,
Eventos e Publicações Ltda. A câmera de TV a que ele se referiu era da Tetra
Pak, que se recusou a fornecer cópia da fita à Folha. A empresa confirmou o
diálogo entre Nigro e Lula, mas disse que não comentaria o assunto.
Fonte:
VEJA teve acesso a documentos em que executivos dizem que o ex-ministro
Palocci ajudou doadora de campanha do PT
Por Rodrigo Rangel, na VEJA desta semana:
Em 30 dezembro de 2010, faltando
apenas dois dias para terminar o governo Lula, a construtora Camargo Correa
vendeu ao fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros) a participação
acionária que detinha na holding de um grande banco por 3 bilhões de reais. Um
negócio absolutamente normal na superfície. A transação, no entanto, só saiu
depois da intervenção do ex-ministro Antônio Palocci. No ano passado, como se
descobriu recentemente, Palocci acumulou as atividades de deputado federal e
consultor de empresas. As tratativas com a Camargo Correia começaram quando o
ex-ministro já coordenava a campanha da presidente Dilma Rousseff e foram
concluídas dois dias antes da posse, quando ele era o todo-poderoso chefe do
governo de transição da presidente eleita, já cotado para assumir o comando da
Casa Civil. Não houve contrato formal, até onde se sabe, nem pagamento pelo
serviço.
A Camargo Correa doou 8,5 milhões
de reais ao comitê eleitoral da campanha petista. Doou também para a campanha
do candidato tucano José Serra. Não existem provas de que o acerto com a Petros
tenha sido azeitado pela doação de campanha, mas, conhecendo os mecanismos de
negócios entre as grandes empreiteiras e o estado brasileiro, é lícito indagar
se sem a doação o negócio sairia da mesma forma. Palocci sempre negou ter sido
intermediário dos pleitos da empresa. “Não houve nenhuma prestação de
consultoria”, respondeu a VEJA, por escrito quando ainda era ministro. Repetiu
o desmentido em sua entrevista ao Jornal Nacional. A empreiteira também nega:
“Mais uma vez, de forma expressa e específica, reforço que o ministro Palocci
jamais prestou serviço ao Grupo Camargo Corrêa e ou suas empresas controladas
ou coligadas de qualquer natureza por qualquer via em qualquer momento”. VEJA
teve acesso a documentos que mostram o contrário.
Leia integra da reportagem na
edição impressa da revista
Por Reinaldo Azevedo
Fonte:
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