“Aloizio Mercadante, hoje
ministro da Ciência e Tecnologia (Jesus!), candidato ao governo de São Paulo,
atacava a progressão com unhas, dentes e bigode — idéias, não, que seria pedir
demais! Ela seria fonte de todos os males da educação no estado.”
Por Reinaldo
Azevedo
Alguns
leitores até de boa-fé me indagam de vez em quando se não exagero nas críticas
ao PT. Bem, a resposta vai nos meus textos. Se eu achasse que sim, certamente
mudaria de rumo. A exemplo da maioria dos que me lêem, também me quero um homem
justo. O que posso fazer se a amoralidade dessa gente me enoja? Se vocês
quiserem saber, incomoda-me menos o que pensam os petistas — embora
absolutamente não me agrade — do que o que eles não pensam. “O que eles NÃO PENSAM o incomoda, Reinaldo? O que isso quer
dizer?”Que
seu escandaloso oportunismo corrói as noções elementares da civilidade política
e impede o confronto honesto de idéias. São, antes de mais nada, agentes da
vulgarização da mentira e da trapaça política. Seu único princípio — único — é
conquistar o poder e nele permanecer. Os adversários de véspera podem se tornar
aliados fraternos desde que aceitem se submeter às diretrizes do partido — e,
nesse caso, o PT também sabe ser generoso. Lula, por palavras oblíquas, já
chamou José Sarney de bandido em palanque. Hoje, o amor entre ambos é
inquebrável e inquebrantável. Quem mudou? Nenhum dos dois! Feita essa
consideração inicial, peço que vocês leiam um trecho de reportagem da VEJA
desta semana.
Uma
nova diretriz do Ministério da Educação (MEC) pode levar a uma transformação
radical nas escolas brasileiras - públicas e particulares. Trata-se de abolir a
repetência até o 3° ano do ensino fundamental, fase crucial da vida escolar, em
que as crianças são alfabetizadas e começam a cultivar curiosidade pelos
estudos. Caberá às escolas e às redes de ensino decidir se adotarão o sistema,
mas, à luz da experiência com esse tipo de sinalização oficial, pode-se esperar
que a maioria siga o ministério. É notícia que, à primeira vista, causa
apreensão quanto à preservação da cobrança e do mérito, ingredientes essenciais
para o progresso acadêmico. O bem-sucedido exemplo internacional pode ser útil
ao Brasil. Países que aplicam modelo semelhante, como França e Japão, têm
alcançado ótimos resultados, renovando o interesse pela sala de aula entre os
alunos com mais dificuldade e reduzindo a evasão escolar”.
Voltei
Vocês leram direito. O ministro Fernando Haddad, da Educação, recomenda que se estenda ao Brasil inteiro a progressão continuada. Os leitores — e eleitores — de São Paulo, onde vigora o modelo, devem estar escandalizados. Aloizio Mercadante, hoje ministro da Ciência e Tecnologia (Jesus!), candidato ao governo de São Paulo, atacava a progressão com unhas, dentes e bigode — idéias, não, que seria pedir demais! Ela seria fonte de todos os males da educação no estado.
Vocês leram direito. O ministro Fernando Haddad, da Educação, recomenda que se estenda ao Brasil inteiro a progressão continuada. Os leitores — e eleitores — de São Paulo, onde vigora o modelo, devem estar escandalizados. Aloizio Mercadante, hoje ministro da Ciência e Tecnologia (Jesus!), candidato ao governo de São Paulo, atacava a progressão com unhas, dentes e bigode — idéias, não, que seria pedir demais! Ela seria fonte de todos os males da educação no estado.
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