Toque de recolher
Dora Kramer - Dora Kramer
O Estado de S. Paulo
“Diante de ataques aos direitos
humanos e agressões à liberdade - morte de dissidentes em Cuba, fraude
eleitoral no Oriente e matanças na África -, no governo Lula o Brasil não apenas
calou como celebrou as ações dos regimes autoritários. Em pelo menos duas
ocasiões, confraternizou publicamente com os ditadores e desdenhou da posição
dos opositores.
Comparou os dissidentes cubanos a
bandidos comuns e igualou os protestos da oposição iraniana contra a
roubalheira eleitoral do regime ao choro de perdedores em partidas de futebol.”
(...)
São inúmeros os exemplos de
exorbitâncias decorrentes da subserviência de auxiliares do ex-presidente Luiz
Inácio da Silva, que, receosos de suas reações e curvados à sua popularidade,
preferiam fazer suas vontades a cumprir a Constituição e preservar as
respectivas biografias.
Amorim é apenas o caso mais
patente. O fecho de sua gestão diz tudo: a concessão indevida de passaportes
diplomáticos aos filhos maiores de idade e a um neto de 14 anos do então
presidente, dois dias antes do encerramento do mandato, sob a justificativa de
que atendia aos interesses do País.
Tanto não atendia que o Itamaraty
calou a respeito. Sabe-se ali que o ato resultou do afã de cumprir ordens e
agradar ao chefe que deixava o cargo consagrado, construindo um cenário de
preservação de poder em perspectiva.
Quando a subserviência se
sobrepõe a tudo o mais é que se deteriora a proposição fundamental do Estado de
Direito: o respeito à legalidade, a observância a quesitos como probidade,
impessoalidade e igualdade dos cidadãos perante as regras que regem a vida em
sociedade.
No momento em que sai de cena o
objeto do servilismo, se sobressai o burlesco da situação.
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http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/12/toque-de-recolher
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