Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de
haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que
Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário:
“Aqui todos são subornáveis”.
Meus grifos em vermelho.
Será mesmo que somos todos
subornáveis? Ainda não descobri meu preço.
lb
***
A CAMINHO DOS 99,9999995%
*Gilberto Geraldo Garbi
Há
poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas
de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e
chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo “nunca antes visto nesse
país” e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas
populares.
Lembro-me
de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem,
em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.
Mas
eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata
de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele
tiranete caricato da Coréia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula
tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem
verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coeria do Norte as
pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante
a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos
sendo contados a favor do governo…(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por
favor, pergunte a um parente com mais de 60).
Portanto,
a popularidade de Lula ainda “tem espaço” para crescer, para empregar essa
expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas
cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia,
anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu
nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais
conseguiram livrar-se de alguma oposição…
Sim,
faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado
ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você
não passa.
Como
você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos
percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos
que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil
tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em
200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os
restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus
humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros
mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos
aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar
minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a
infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.
E
minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência,
quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas
causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no
Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer
custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao
patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de
emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis
dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que
a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não
estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios
sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche
ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e
alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as
mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado
desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e
indignar-se diante de infâmias.
Antes
e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais
lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e
honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca
lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis
assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços… Mas, esqueça…
Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem
parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.
Pense
a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha
convicção de que este País só deixará de ser o que é – uma terra onde as
riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos
parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes – quando a
mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.
Mudada
pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos
bons, pelo exemplo dos governantes. E você Lula, teve uma oportunidade única de
dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória
popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua
autoridade moral, se você a tivesse.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora
moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas
populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos
pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado
apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o
que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?
Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente,
depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não
chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se
entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria.
Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse
País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as
piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.
Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado
a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou
quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: “Aqui todos são
subornáveis”.
Você
destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e
matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes
de morrer.
Você
não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento
de poder, tornando-ageneralizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da
Administração. O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria
de septicemia corruptiva.
Peça
ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso.
Você
é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários
corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a
seus instintos.
Você
faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.
A
propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e
lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a
inteligência da maioria e ver que vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como
herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que
você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar.
Você
mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu
quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu
sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas
Mentiu
ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante
Mente
quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para
agradá-las
Mentiu,
mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Por
falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e
vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada
fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar
contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem
aos hospitais.
Você
não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis
odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça
e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.
Jamais
sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas
legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer
impunes, rindo-se de todos nós.
Ao
contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um
bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda
instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e
embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.
Isso
significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para
pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados,
porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse
o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações
ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.
Aliás,
Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você
jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao
longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e
irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.
Seu
desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o
tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres
desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos
terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso,
aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos
nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas
dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco;
quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que
pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a
população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o
populismo; e vai por aí…. Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa…
Você tem dividido a nação, jogando regiões
contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar
proveito das desavenças que fomenta. Aliás, se você estivesse realmente
interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as
mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na
melhoria da saúde e do ensino públicos.
foto da internet
Mas
você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu
tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a
educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?
E
se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o
trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem
hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e
que filhos de negros milionários possam valer-se delas.
A
Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas
publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.
O
que houve entre o BNDES e as redes de televisão?
O
que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos?
Essa
técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito
sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: “O
plata, o plomo”. Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi
dito, como desdenha a todos que não o bajulem. Afinal, se você não é o maior
estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha
popularidade? É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos
sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas,
cotas, cargos e medidas demagógicas.
Muita
gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo,
satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência
do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu
em seu colo.
Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e
grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da
honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os
desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do
prato de lentilhas da melhoria econômica.
É
esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França,
"l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont
rien".
Você
não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom
tempo estamos sustentando seu gigolô franco-argentino...
*Carta de Gilberto Geraldo Garbi para Lula - Gilberto
Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo como UM DOS MELHORES
ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o ITA, entre outras honrarias que
recebeu daquela instiuição. Depois de graduado, desenvolveu carreira na
TELEPAR, onde chegou a Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois
Presidente da TELEBRAS
*****
Exegese Da Carta De Gilberto
Geraldo Garbi
Por: Márcio Campos
Vamos fazer uma exegese do
artigo da carta de Gilberto Geraldo Garbi para Lula. Vou
selecionar excertos do texto do autor (em itálico e aspas) e as partes sem
itálico e sem aspas são a minha análise sobre o que ele escreveu.
“Gilberto
Geraldo Garbi foi um dos alunos
classificados a seu tempo como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já
haviam adentrado o ITA, entre outras honrarias que recebeu daquela instituição.
Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a Diretor
Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da
TELEBRAS”.
Minha
intenção é mostrar as falácias contidas no artigo, que são muitas.
O
chamamento para o texto já começa tentando impor um argumento de autoridade, ou
seja, ao referir-se ao autor como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA, oriundo
do ITA, que sabemos ser uma instituição de ensino de primeira qualidade, fala
de honrarias que ele recebeu e de cargos de relevância que ocupou. Tudo isso
querendo demonstrar que não é “qualquer um” que está falando. Contudo, com todo
esse impressionante currículo, a “autoridade” do autor é totalmente inválida.
Pode ser que ele possua competência nas áreas de matemática e engenharia, mas
isso de forma alguma o qualifica como autoridade para discorrer sobre os
acertos e erros do presidente da república. Não estamos falando de um cientista
político, de um sociólogo ou de um filósofo, que são especialistas na área e o
que daria mais peso ao argumento de autoridade, trata-se de um engenheiro
descontente com os rumos da nação e com o chefe do executivo federal que faz
juízos de valor sobre a atuação de Lula e não uma análise de fatos.
“Lembro-me
de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem,
em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás
o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para
aquele tiranete caricato da Coréia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula
tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem
verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na
Coeria(sic) do Norte as pesquisas de opinião lembram o que
se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar
fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do
governo...(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente
com mais de 60)”.
Neste
segundo excerto o autor faz analogia velada com quatro notórios ditadores.
Hitler que chega a ser um sinônimo do mal, o barbudo comunista Fidel Castro e o
“tiranete” da Coreia do Norte, Kim Jong-il, (tive o
trabalho de pesquisar) e o ditador português Salazar, não tenho mais de 60, mas
sei que Antonio de Oliveira Salazar foi quem comandou Portugal de 1933 a 1968, seguido por
Marcello Caetano que estendeu a política Salazarista até 1974. O autor tenta
relacionar a popularidade dos ditadores à de Lula deixando que o leitor faça a
inferência de uma “ditadura Lulista”. Outra inferência que o autor insere em
seu texto é a comparação com a “cultíssima Alemanha” numa clara alusão à falta
de cultura do povo brasileiro. Por pior que seja o governo Lula, não é nada
razoável compará-lo aos governos citados.
“Portanto,
a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar
essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam
apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e
imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno
de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que
jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição”...
O
autor refere-se à presunção e imodéstia, mas logo no excerto acima zombou
daqueles que desconhecem quem foi Salazar, faz uma comparação oportunista com
Jesus Cristo e quer nos fazer crer que Lula não possui oposição; em tempo, a
oposição é até bastante expressiva, contudo não tem competência para desbancar
o “operário-presidente”.
“Como
você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos
percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos
que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil
tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em
200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os
restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus
humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros
mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos
aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar
minha convicção de que você foi o pior dentre
todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus
65 anos de vida”.
Agora
o autor apela para a calúnia, que na sua acepção jurídica é crime previsto no
Código Penal:
Calúnia
Art.
138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como
crime:
Pena
- detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Pergunta:
O autor tem como provar que o presidente comprou votos? Comprar votos não é
prática criminosa? Vejo aqui claramente um crime de calúnia.
“E
minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência,
quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas
causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante
no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a
qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso
ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de
emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis
dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que
a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não
estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios
sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche
ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e
alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as
mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado
desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e
indignar-se diante de infâmias”.
Nesta
parte, concordo com quase tudo o que autor escreveu; todavia discordo dele
quando refere-se ao Bolsa Família. É claro que um engenheiro formado pelo ITA
irá desdenhar da migalha que o governo dá aos descamisados. Certamente nunca
faltou o que comer na mesa do doutor, e este provavelmente nunca passou por nenhum
tipo de privação. Contudo, entendo o seu drama. É que a banda privilegiada
deste país não consegue conceber que estão pagando impostos para que a política
de distribuição de renda seja efetivada. Ninguém quer dar o seu quinhão assim
de maneira fácil.
“Antes
e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais
lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e
honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca
lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis
assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas,
esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e
dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida”.
O
autor faz referência à ignorância do presidente em mais um juízo de valor.
Duvido que Lula não saiba quem foi Rui Barbosa.
“Pense
a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha
convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde
as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada
pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes
- quando a mentalidade da população e de seus representantes for
profundamente mudada. Mudada pela educação, pela perseverança, pela
punição aos maus, pela recompensa aos bons,pelo exemplo dos
governantes. E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à
mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que
poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral,
se você a tivesse.
Você teve a oportunidade de tornar-se
nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas
populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de
todos.Infelizmente para o Brasil, mas
felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava
certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se
muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde
quase tudo está à venda?”
Mais
uma vez o autor, sem provas, calunia o presidente. Contraria assim sua nobre
pretensão de falsa moral que quer passar com seu tedencioso artigo. Eu pergunto
ao autor o que é moral? O que é decência?
“Eu
não o considero inteligente, no nobre sentido da
palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde
você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que
você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase
de vaidade e autoidolatria. Mas reconheço em você
uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um
presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores
qualidades da massa brasileira e de seus representantes. Esse é seu legado
maior, e de longa duração: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o
Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou
por essas plagas em 1832 e anotou em seu
diário:"Aqui todos são subornáveis". Você destruiu
as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as
esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de
morrer”.
“Piores
qualidades da massa brasileira”, “Aqui todos são subornáveis”. Será que o autor
também se inclui no rol dos subornáveis? Ele não é brasileiro? O que o faz
pensar que está fora da massa? E tem coragem de chamar Lula de vaidoso, que
este idolatra a si mesmo? Quem está zombando dos brasileiros é o autor, pois exclui
a si da “massa” e dos “subornáveis” e inclui todos os brasileiros.
“Você
não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela
um maquiavélico instrumento de poder,
tornando-a
generalizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração. O
Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia
corruptiva. Peça ao Marco Aurélio para
lhe explicar o que é isso. Você é o sonho de
consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do
Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus
instintos”.
Agora
o presidente é culpado por toda a corrupção no Brasil! Que apelação
ridícula!
“Você
faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.
A propósito, o que é que
você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos
palanques? Você sente orgulho em subestimar a inteligência
da maioria e ver que vale a pena?”
Quem
quer subestimar a inteligência da maioria com esse artigo tosco é o autor. Ele
deve pensar que é o dono da verdade.
“Você
mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de
seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a
economia brasileira prosperar. Você mentiu ao
dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho
enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13,
de sua filha, recebeu sem prestar contas
Mentiu ao afastar Dirceu,
Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante
Mente
quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para
agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe
convenha”.
Falar
que alguém mentiu é muito fácil. É só conseguir algum meio de comunicação que
se oponha a esse alguém e começar a metralhar: mentiu, mentiu, mentiu... Uma
pequena pergunta ao autor do texto: Você têm provas de todas essas afirmações
que faz?
“Por
falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e
vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada
fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar
contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem
aos hospitais”.
Idem
parágrafo anterior.
“Você
não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis
odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça
e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas. Jamais
sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas
legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer
impunes, rindo-se de todos nós. Ao contrário, o Supremo, onde você tem
grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de
julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em
liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o
que, no Brasil, leva décadas”.
Leis
odiosas? Que leis odiosas são estas? Bem disse no começo que a autoridade do
autor é questionável. Para informação do autor, que se acha muito inteligente,
a competência para legislar sobre direito penal é privativa do Congresso
Nacional, ou seja, do Legislativo federal. Não há possibilidade do chefe do
executivo criar, modificar ou revogar leis na seara criminal. Conforme Art. 22,
I da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988. Talvez fosse interessante
ler a Carta Magna antes de sair falando tolices.
“Isso
significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para
pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados,
porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo
que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você
teria se empenhado de corpo e alma”.
Chuva
de achismos!
“Aliás,
Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações,
ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder
e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego
adulado”.
Somente
alguém com muita raiva ou inveja faria tantos ataques pessoais sem provas; veja
o leitor; o que está sendo questionado pelo autor é a pessoa e não o cargo que
ela ocupa. No mínimo é uma covardia.
“Seu
desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o
tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres
desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos
terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso,
aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos
a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas
(sic) dos impostos arrancados do couro de quem trabalha
arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de
custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos
de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o
compadrio e o populismo; e vai por aí... Justiça, ora a Justiça ,é o
que você pensa...”
Gostaria,
sinceramente, de saber o que as pessoas honradas consideram Justiça. Também
ficaria feliz se conhecesse quem são essas pessoas honradas, já que em
parágrafos anteriores o autor chamou os brasileiros de “todos subornáveis”.
Também seria oportuno que o autor explicasse o que vem a ser justiça já que até
hoje, que eu saiba, ninguém conseguiu definir de forma satisfatória o que vem a
ser justiça.
“Você
tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e
raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar
aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos
dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a
cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e
vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito
trabalho, não é mesmo?
E se há coisa que você e o Partido dos
Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é
o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus
critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam
valer-se delas”.
Mais
crime. “inculto e vulgar” para mim é crime contra honra. No caso, como o ataque
é à pessoa do presidente e não ao cargo que ele ocupa, o crime é de injúria.
Toda
pessoa de classe média e alta é contra a implementação de políticas públicas de
compensação (cotas). Em tempo, o DEM (Democratas) antigo PFL e ARENA, partido
que era favorável ao regime militar, ajuizou Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental no STF pleiteando que os alunos beneficiados por cotas não
fossem matriculados na UNB. (Universidade de Brasília). No entanto, o
Procurador Geral da República já emitiu parecer desconsiderando o pedido do DEM
e com parecer favorável às cotas. Os interesses dos pretensos “Democratas” não
são os da maioria, mas de não repartir as vagas que os filhos dos ricos sempre
ocuparam nas melhores universidades.
“A
Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas
publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.
O que houve entre o BNDES e as redes de televisão? O que
você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos?
Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar
usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores
as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir.
Ele fala bem o Espanhol”.
Em
que mundo o autor está? A imprensa faz pouca oposição a Lula? Já vi a revista
Veja publicar até foto do Lula com marca de solado de sapato no traseiro! E em
2005 quando estourou o escândalo do mensalão? Não fosse a alta popularidade do
presidente certamente seria o segundo chefe de executivo a ser deposto depois
de Collor. Até a esquerda faz oposição a Lula, houve rachas no PT, criação de
novos partidos, como o PSOL, a mídia não parou de atacá-lo desde 2003 e o autor
fala de pouca oposição? O autor deve estar lendo apenas os quadrinhos da Turma
da Mônica.
“Você
pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o
bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu
governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade? É fácil:
políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos,
miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas
demagógicas. Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas
entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a
ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado
anteriormente, mas que caiu em seu colo”.
O
autor certamente se lamenta por ter que pagar impostos, por ver que já não é
mais tão rico com sempre foi e que uma massa amorfa de descamisados estão entrando
no mundo do consumo. Essa gente pobre se satisfaz com pouco mesmo, suas
pretensões são singelas, ao contrário das do autor que parece ter perdido
milhões, tamanha é o rancor que guarda em seu coração. O autor desdenha que
milhares saíram da miséria nesse governo. Mas isso não é algo importante, pelo
menos para ele que deve ter sempre tido tudo na vida. Não é qualquer um que
entra no ITA e tem uma carreira recheada de méritos como tem o sr Geraldo
Garbi.
“Tudo,
então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar
disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as
mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam
seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica. É esse, em
síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França,
l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien”.
“Você não entendeu, não é mesmo? Então
pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu
gigolô franco-argentino...”
O autor termina o
texto no melhor da arrogância burguesa, citando uma frase em francês e
fofocando sobre a vida alheia. Não poderia ter baixado o nível de forma mais
decadente.
Por
fim, não sou petista nem lulista, todavia não vou bater palmas para qualquer um
que saiba ofender outrem sem reais fundamentos. Não sou defensor do governo e
nem quero ser, apenas gosto de apontar as incongruências e contradições dos
pretensos formadores de opinião.
Eu
quando quero um conselho, uma opinião, procuro nos clássicos, naqueles que
fazem considerações atemporais sobre a vida, a política, a filosofia, a
religião etc. Não dou ouvidos a qualquer tentativa de impacto divulgada à
exaustão pela Internet, principalmente de alguém que tem em seu repertório mais
ofensas pessoais e juízos de valor do que argumentos bem fundamentados e
baseados em fatos.
Em
suma, uma carta tosca, de mal gosto, altamente tendenciosa e vulgarmente
escrita. Empolga somente a decadente classe média que sempre foi pobre de
espírito e que hoje também está ficando cada dia menos abastada.
Perfil do
Autor
(Artigonal SC
#1250422)
Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/noticias-e-sociedade-artigos/exegese-da-carta-de-gilberto-geraldo-garbi-1250422.html
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