miaxoumiaxou | 21 de agosto de 2009
Marina Silva, pulso firme e coragem de agir em prol do seu povo defendendo o nosso Brasil.
Jorge Roriz | 25/09/2010 | URL: http://wp.me/p6Q8u-9uL
Editorial do jornal O Estado de São Paulo
A
acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um
partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o
mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o
direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os
órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que
preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto
diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma
enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e
tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao
aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.
Com
todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas,
o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não
apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público
e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento
econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à
convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar
um grande mal para o País.
Efetivamente,
não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a
investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que
degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê,
outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse
partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe
de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo
poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo
no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o
bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que
os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não
é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a
distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm
condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a
máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se
fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua
facção.
Não
precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus
dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por
realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no
prosseguimento e aceleração da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar
Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econômico quanto na
ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de
brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as
exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje,
sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma
construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre
bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático
historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em
qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja
sujeito e não mero objeto.
Se
a política é a arte de aliar meios a fins, Lula
e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo:
manter-se no poder. Para isso vale tudo:
alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência,
mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais
repousa a democracia - a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada
edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura
exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a
mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que
permite a qualquer um se perguntar: "Se
ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?"
Este é o mal a evitar. ( meus grifos).
Texto publicado na seção "Notas
e Informações" da edição de 26/09/2010
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Não é só na política que o PT prima “dos piores meios para atingir seu fim”. Para efetuar negócios
ilegais também.
Grande Golpe causa dano à Filha do Brasil
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