Ética no dia-a-dia
:: Acid ::
Eu sou um apreciador de humor negro, mas me vi escandalizado com a repercussão do caso do goleiro Bruno no Twitter. O nível foi do engraçado para o trágico e, depois, para o grotesco. Como se, a cada revelação do caso, fosse ficando (pra essas pessoas) mais engraçado (o que definitivamente não era). O mais triste foi perceber que, ao tirarem onda da desgraça da própria vítima, as pessoas estavam corroborando a idéia do próprio assassino, de que ela (a vítima) era uma ninguém, descartável, desprezível. E que sua vida era algo a ser "resolvido".
Pensei: por que isso? Sempre pensamos "por que isso?" quando vemos algo que nos choca, e a mídia foi atrás dos motivos psicológicos pro assassinato e vaticinou que Bruno era um psicopata. Mas, nesse caso, em vez de me perguntar "por que isso?" em relação ao assassinato, me vi questionando isso, sim, os motivos da sociedade. Muito fácil rotular alguém de psicopata e depois ficar tirando onda com a desgraça alheia, como se isso já não fosse um indício de psicopatia. O Dexter provavelmente acharia tudo isso maravilhoso.
Talvez esteja ficando velho e "moralista", mas já perceberam como cada vez mais essa palavrinha "moralista" vai se tornando um palavrão? É usada pra tudo. Falta pouco pra justificar crimes: "eu o matei porque esse moralistazinho não quis participar do nosso esquema".
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