Maria Lucia Victor Barbosa*
Num cacoete stalinista para manter a fachada de esquerda, os
petistas se tornaram falsários praticantes. Em dossiês visando acabar com a
reputação de adversários, a intriga e a mentira se tornaram suas armas
prediletas, em que pese não terem dado nenhum resultado. Os responsáveis pelos
falsos documentos são figuras importantes da República Sindicalista, amigos
íntimos do ex-presidente, Lula da Silva, ou da atual presidente, Dilma
Rousseff. Nada lhes aconteceu e continuam tranquilamente desfrutando as
delícias do poder em altos cargos, uma vez que o PT paira acima da lei. O
primeiro ano de Dilma Rousseff, na verdade uma continuidade do governo Lula da
Silva, foi um vazio de promessas de campanha não cumpridas e de novas promessas
que dificilmente se concretizarão. Em 2011, a única coisa que aconteceu por
obra de parte da imprensa foi a queda de sete ministros, sendo que seis foram
acusados de corrupção. De fato, deveriam cair não sete, mas doze ministros,
pois sobre mais cinco foram levantados pela imprensa fortes indícios de
corrupção. Entretanto, os cinco devem ser mais companheiros que os outros, pois
permaneceram firmes e fortes em seus cargos. Que farsa! Apesar do aumento da
inflação e da inadimplência, recente pesquisa Datafolha mostra que 59% dos
brasileiros consideram a gestão Rousseff ótima ou boa, um recorde com relação
aos presidentes anteriores e ao próprio Lula. Nosso povo está cada vez mais
otimista no tocante ao futuro e enquanto der para comprar a felicidade em
suaves e longas prestações em lojas de departamentos, aumentarem as bolsas
esmola e os lucros dos companheiros do andar de cima, a aprovação da presidente
tende a aumentar. Afinal, a farsa que induz à crença na ilusão é necessária ao
psiquismo coletivo. Na esteira de farsas e fraudes começam a despontar os
candidatos às prefeituras nesse ano eleitoral. Lula da Silva, certamente
entusiasmado com o êxito de sua afilhada política e desejando dominar
politicamente São Paulo, impôs ao seu partido a candidatura do ministro da
Educação, Fernando Haddad, à prefeitura. Como ministro da Educação Haddad foi
reprovado no Enem, pois não acertou nenhum. Adotou um livro que ensina crianças
a falarem errado, porque “pobres falam e escrevem errado”. Ninguém objetou que
falar e escrever errado em concursos para obter melhores empregos prejudica
tanto pobres quanto ricos, ou seja, Haddad instalou no Brasil a democracia do
atraso onde todos são iguais na ignorância. Outro livro adotado no seu
ministério ensinou que 10-7= 4. Algo inédito no mundo inteiro. O Brasil é o
máximo, mudou até a matemática. Outra façanha do candidato de Lula da Silva,
mas que acabou não se realizando por conta da interferência de deputados
evangélicos foi o chamado “kit Gay”, que em nome de acabar com o preconceito
contra homossexuais influenciava a opção sexual de crianças desde a mais tenra
idade numa clara e abusiva interferência estatal sobre a liberdade individual.
Com relação aos direitos humanos somos campões da farsa, pois o governo petista
defende e abriga assassinos e terroristas do quilate de Cesare Battisti e de
membros das Farc, sem falar nos apaniguados de Mahmoud Ahmadinejad que vivem
sem problemas entre nós, como já foi ventilado pela imprensa. Ahmadinejad
esteve recentemente em países latino-americanos em busca de apoio político e
econômico diante das sanções norte-americanas e europeias. Na Venezuela o
boquirroto e megalômano Hugo Chávez mencionou bombas e mísseis, contra os
Estados Unidos, naturalmente. Ahmadinejad retrucou que “o combustível dessas
bombas é o amor”. Piada tão ridícula quanto a teoria conspiratória de Chávez
que atribuiu aos norte-americanos seu câncer e o de outros companheiros. Não mencionou
que os imperialistas falharam miseravelmente no caso de Cristina Kirchner.
Ahmadinejad desta vez não veio ao Brasil abraçar o querido companheiro, Lula da
Silva, mas nosso embaixador em Terã, Antonio Salgado, defendeu o iraniano
dizendo que aquela sua famosa e abjeta frase, “varrer Israel do mapa”, tantas
vezes pronunciada, foi mal compreendida. Entretanto, a intenção de tal
varredura pode não ser retórica, visto que material produzido em bunker no Irã
pode se tornar material físsil para ogivas. Em 23 de fevereiro de 2010, um Lula
eufórico e sorridente caiu nos braços dos irmãos Castro, enquanto esfriava no
caixão o corpo de Orlando Zapata Tamayo. Este morreu depois de ter sido
torturado nas masmorras cubanas e enfrentado uma greve de fome. Tamayo pedia
condições mais humanas para os demais encarcerados e liberdade para seu país.
Dilma Rousseff irá à Cuba no próximo dia 31. Dia 19 morreu Wilman Villar, que
protestava com greve de fome contra a violação dos direitos humanos em Cuba.
Não era um bandido, como se referiu Lula com relação aos presos políticos
cubanos que fazem greve de fome, mas outro mártir e herói que deu a vida pela
liberdade. Rousseff, a exemplo de seu mestre em política, em breve estará em
Cuba para abraçar e beijar o sanguinário déspota, Fidel Castro. Decididamente,
direitos humanos à moda petista não passam de uma grande farsa.
*Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga. mlucia@sercomtel.com.br
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