A Veja noticiou, com matéria de Luciana Marques, que “durante comício em Garanhuns (PE), o presidente Lula exagerou: associou a candidata Dilma Rousseff a Jesus Cristo. ‘Essa mulher foi barbaramente torturada. Não existe nada mais grave que o ser humano possa fazer com o outro do que torturar. Vocês sabem porque Jesus Cristo foi torturado’, declarou.” A jornalista informa, ainda, que “Segundo o presidente, a petista não guardou mágoa dos torturadores. ‘Cicatrizes no corpo dela certamente já sararam. Mas o que é mais fantástico é que sararam a alma dela e a consciênciadela’. Lula também disse que confia em Dilma para tudo: ‘Essa é uma mulher que eu daria um cheque em branco, essa é uma mulher que eu daria meu carro para fazer uma viagem’.”
Confesso que não entendi a comparação, pois Jesus Cristo jamais foi guerrilheiro, não mentia, e ensinava a “dar a outra face”.
Veremos, nos vídeos que pesquisei, que no programa do JÔ, Dilma não quis falar sobre sua atuação na guerrilha. Entretanto, agora, está fazendo desse fato um componente de sua campanha eleitoral.
Dilma Rousseff no programa do Jô Soares, a guerrilheira
No video abaixo, ela já fala sobre sua militância.
Dilma Roussef responde à altura Agripino Maia http://www.youtube.com/watch?v=LCKhbb6RhyE
Aqui, ela afirma que lutou, e lutou com os meios e as concepções que tinha. Diz que hoje mudou, mas não mudou de lado. Será que não mudou de lado? Parece ainda ser respeitada como revolucionária. Mas de qual o lado? Da democracia, ainda?
Dilma Rousseff afirma que lutava pela democracia. Mas para mim e muitos brasileiros, é evidente o apoio de Hugo Chávez a Dilma Rousseff. “Dilma, Dilma, Dilma”, disse o venezuelano em programa na TV estatal, em 2009, quando ele lembrou o passado revolucionário da ministra da Casa Civil. "Vamos conhecê-la. Ela foi prisioneira da ditadura de direita e torturada", descreveu Chávez, acrescentando que ela também foi parte "da esquerda revolucionária dos anos 60".
Vejam na foto, o carinho demonstrado entre os dois e Chaves aposta na vitória de Dilma nas leições de 2010.
Cálice
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