O general da reserva Marco Antônio Felício da Silva defendeu
que “nenhum militar” se apresente para
prestar depoimento à Comissão da
Verdade, mesmo se convocado. Felício foi o autor do manifesto
assinado contra a criação da comissão
que foi endossado por 1.568 militares da
reserva, sendo 130 generais, além de 1.382 civis.
Outras reações. Os ex-presidentes do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo e Luiz Gonzaga
Shroeder Lessa, também reagiram às
declarações dos recém-nomeados integrantes da comissão da verdade.
Lessa disse ao Estadão que, “se a comissão só tem um lado, como
diz Paulo Sérgio Pinheiro, é porque ele é tendencioso e a avaliação dele será parcial, o que compromete
seu trabalho, que deveria ser isento”. O
general Lessa questionou ainda: “E os que foram
assassinados por eles (militantes de esquerda), não conta?”
Já o general Figueiredo disse que “se ele (Paulo Sérgio Pinheiro)
acha que não existem dois lados, mas apenas um, significa que os integrantes da comissão não vão investigar os
justiçamentos feitos por suspeita de
traição pela esquerda”. E emendou: “Esta declaração compromete a isenção dele para a realização
dos seus trabalhos, que é um pressuposto da comissão”.
Ambos defendem ainda o acompanhamento dos trabalhos da Comissão
da Verdade, por uma comissão paralela
conjunta dos três clubes militares
(Naval, Militar e Aeronáutica). Do site do jornal O Estado de S. Paulo
Segundo o general Felício, a comissão “buscará de forma unilateral
e sem a devida isenção, como prioridade primeira,
o que chamam de verdade”.
EUA podem
ajudar Brasil a abrir 'caixa de Pandora' do regime militar, diz especialista
Os Estados Unidos devem ajudar o Brasil a abrir a "caixa de
Pandora" do seu regime militar, contribuindo com a Comissão da Verdade que
inicia os seus trabalhos nesta quarta-feira, disse à BBC Brasil um especialista
americano em obter acesso a arquivos confidenciais históricos.
(...)
"Uma vez que a caixa de Pandora do passado for aberta, será
muito difícil fechar a tampa novamente", diz, referindo-se aos segredos
que podem ser revelados pela primeira vez, e que dariam início a um segundo
debate no país, desta vez sobre justiça.
Leia mais:
Comissão da
Verdade deve analisar os dois lados, diz integrante
José Ernesto
Credendio
O advogado José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça no governo
Fernando Henrique Cardoso, defende que a Comissão da Verdade analise os dois
lados de violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar
(1964-1985).
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